E segue-se a quarta parte da história da nossa querida Ria de Aveiro.
O século XVI foi um século marcante para o desenvolvimento da barra.
A deposição de sedimentos não só cria novas ilhas como começa mesmo a assorear os canais, tornando ainda mais difícil o escoamento de águas e detritos.
Este século também foi marcado por diversas cheias, 1526, 1578, 1585 e 1596.
Cheias não seria algo fora do normal de um ponto de visto posterior à época, o assoreamento diminui a capacidade de armazenamento da Ria e as águas já não eram escoadas tão rapidamente. A única coisa que faltava era de uma época de maior pluviosidade, como acontecia nos Invernos dos referidos anos, para que o caudal dos rios que alimentam este sistema aumentasse até que transbordassem.
Mas o problema não fica por aí, maior caudal significa maior quantidade de detritos, que serão depositados no leito da ria, aumentando o assoreamento desta tornando mais fácil a ocorrência de cheias.
Este depósito excessivo de sedimentos alimentou o cordão litoral fazendo com que no final deste século já se encontrasse perto da Vagueira, dificultando ainda mais o acesso aos portos mais a norte.
Uns anos mais, a meados do século XVII, nova época de cheias volta a assolar a região com os mesmos efeitos das cheias anteriores.
Plano estratégico para a Ria deverá ser entregue em Junho
O coordenador nacional do Programa Pólis, João Pinto Leite, foi a figura selecionada pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional para liderar um equipa que irá elaborar uma proposta de plano estratégico para a valorização e requalificação da Ria de Aveiro. Este deverá ser entregue ao executivo até Junho.
"O despacho do ministro Francisco Nunes Correia foi ontem publicado em Diário da República, formalizando ainda a participação na equipa de trabalho de Teresa Fidélis, presidente da Comissão Instaladora da Administração da Região Hidrográfica do Centro, e de Ana Neves Lopes, da Parque Expo.
Está igualmente prevista a criação de uma comissão consultiva vocacionada para acompanhar a elaboração do plano. Este órgão será coordenado por Laudemira Ramos, do gabinete de Nunes Correia, que receberá assistência de representantes das três secretarias de Estado do sector (Ambiente, Ordenamento do Território e Cidades e Desenvolvimento Regional), do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, do Instituto da Água, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e das câmaras municipais de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. Outras entidades com responsabilidades na área da laguna aveirense poderão igualmente ganhar lugar nesta comissão.
A proposta de plano estratégico deverá estar concluída e ser apresentada a Nunes Correia no prazo de seis meses a contar da data de entrada em vigor do presente despacho, a 7 de Dezembro do ano passado.
Delimitação e caracterização da área a requalificar, definição preliminar das intervenções, quantificação do investimento e formulação de propostas para o seu financiamento (incluindo o recurso ao novo pacote de fundos comunitários e ao autofinanciamento), concepção de solução institucional adequada à implementação do plano e elaboração dos instrumentos legais necessários para o efeito e planeamento físico e financeiro das acções consideradas são as tarefas confiadas à equipa liderada por João Pinto Leite.
O plano estratégico deverá ser «consensualizado entre os diversos agentes» e «servir de guia de actuação à entidade responsável pela sua implementação».
Segundo Nunes Correia, a recuperação da ria de Aveiro insere-se no programa do actual Governo para as zonas costeiras, sujeitas a «uma política integrada e coordenada que favoreça a protecção ambiental e a valorização paisagística, mas que enquadre também a sustentabilidade e a qualificação das actividades económicas que aí se desenvolvem».
O território abrangido pela Ria de Aveiro é «um espaço singular que dispõe de condições excepcionais para suporte de um desenvolvimento económico e turístico sustentável e para se constituir como um pólo de atracção intimamente ligado ao contacto e fruição da natureza».
As suas características físicas «únicas e de grande sensibilidade» requerem que o seu desenvolvimento se submeta a «uma estratégia que articule eficazmente as múltiplas vertentes deste território», nomeadamente o facto de estarem presentes neste espaço numerosas actividades económicas, como a indústria e um porto comercial, simultaneamente com a existência de zonas de importância para a conservação da natureza, inseridas na Rede Natura 2000.
Para o governante, «a operacionalização dessa estratégia só será eficaz se for confiada a uma entidade específica, a criar, com aptidão para promover com dinamismo as acções necessárias». "
".." in http://www.diarioaveiro.pt/main.php?id_page=3527
As correntes marítimas começam a dar forma a esta língua e, a meados do século X já se torna visível, servindo de paredão à zona costeira de Ovar.
Este facto não só é observável a nível morfológico da região como tem impacto a nível económico. Por esta altura Ovar era dos mais importantes portos comerciais, a língua de areia providenciava uma “mini-marina” estupenda, o que fez com que a sua importância aumentasse.
Por outro lado a água estava agora mais estagnada fazendo com que um dos produtos mais facilmente criados fosse o sal. Para corroborar este facto relatórios de cariz económico da região indicam que Ovar por esta altura vivia uma época áurea, com as suas diversas salinas e o excelente porto.
A língua de areia parece só ter trazido benefícios para a região mas sem o conhecimento de todos os factos é uma falsa conclusão que se podia tirar.
O dinamismo desta zona não pára e o fundo oceânico continua a mudar drasticamente, a deposição de sedimentos do Vouga torna-se maior pois a existência de entraves ao escoamento dos detritos torna mais difícil a sua eliminação. Por sua vez a corrente marítima cria um fluxo de detritos que origina uma deposição orientada, aumentando a língua de areia que se dirige para sul.
Há medida que este cordão aumenta e surge à superfície os detritos são cada vez mais difíceis de eliminar. Grande parte deles já nem sequer é expelido até à zona do cordão e começa a formar ilhas, criando diversos canais ainda hoje observáveis.
Ovar começa a tornar-se numa zona inacessível e perto do século XII grande parte do seu poder económico já está perdido. O cordão litoral encontra-se na zona da Torreira e, com avançado assoreamento da zona começam somente a passar barcos de calado mais reduzido. Por esta altura a produção de sal começa a ser a única fonte de rendimento da zona.
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