Aqui postamos mais uma parte do nosso trabalho acerca da Ria de Aveiro e a história da sua formação.
O tempo não pára e o assoreamento continua a aumentar. Numa questão de 100 anos a língua de areia atinge o local onde hoje está fixada. As condições que 3 séculos antes tornaram Ovar na zona impulsionadora da região passaram para a zona de Aveiro.
O porto marítimo de Aveiro tem agora mais movimento que nunca e a criação de salinas faz com que Aveiro assista a um crescimento económico exponencial, levando-a à sua época áurea.
Mas, Aveiro acaba por assistir ao mesmo desfecho de Ovar. O cordão litoral começa a tornar a água da região cada vez mais estagnada que impede o escoamento dos detritos provenientes do Vouga.
As correntes marítimas continuam com o seu trabalho, arrastam os detritos provenientes da erosão do litoral norte do país e depositam-nos nesta zona, ao mesmo tempo que orientam o cordão litoral, levando-o em direcção a mira.
Os séculos passam e o fundo oceânico altera-se. No século XV a língua de areia já estava na Costa Nova, dificultando o acesso marítimo ao porto de Aveiro fazendo com que o tráfego marítimo diminuísse um pouco. Ovar nesta altura tinha entrado em recessão económica pois a navegação para a região tornara-se muito difícil e as salinas já não tinham tanta importância económica como na altura.